sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Criação de uma Plataforma Distrital muti-actores é principal conclusão de encontro em Mé-Zóchi

O Encontro Distrital de Articulação em prol dos Direitos da Criança decorrido no passado dia 12 de Fevereiro, no Auditório da Câmara de Mé-Zochi, contou com a participação de ONG, líderes religiosos, responsáveis das Escolas Básicas e Secundárias, representantes estudantis, representantes da Câmara Distrital, da Polícia e dos Bombeiros, que partilham a preocupação da falta de respostas a crianças em situação de vulnerabilidade sócio-económica, ao nível daquele que é o segundo distrito mais populoso de São Tomé e Príncipe.


"Esta é uma iniciativa que acarinhamos porque falar de crianças diz respeito a todos nós", referiu Isabel Mayza Domingos, presidente da Câmara Distrital de Mé-Zochi, na sessão de abertura. "Há crianças que estão numa posição de muita vulnerabilidade, mesmo na família", prosseguiu. Deixou um apelo à conjugação de esforços por parte das organizações presentes, reforçando a necessidade de um "trabalho de concertação" e afirmando o empenho do poder local: "Nós, a Câmara, não vamos abrir mãos da nossa responsabilidade."

Isabel Mayza Domingos, presidente da Câmara Distrital de Mé-Zochi (em pé)

Num primeiro momento, a representante da ACEP, Liliana Azevedo, apresentou o projecto e os resultados obtidos nas fases anteriores, a presidente da Fundação Novo Futuro, Dulce Gomes, falou de como o projecto foi desenvolvido e apropriado em São Tomé e Príncipe e Joaquim Queiroz, um dos jovens beneficiários na 1ª fase, partilhou a sua experiência enquanto co-autor do livro "Vozes de Nós: Bissau, Huambo, São Tomé". Entre outros resultados, destacaram-se: o aumento da auto-estima das crianças e jovens participantes no projecto, o reforço do debate sobre direitos das crianças e dos jovens nas sociedades dos países parceiros e o reforço das parcerias e redes de colaboração e intercâmbio ao nível dos países de língua portuguesa.

Dulce Gomes, Presidente da Fundação Novo Futuro (em primeiro plano)

O debate foi muito participado, tendo-se traçado um diagnóstico de carência em termos de competências familiares, falta de respostas no distrito para crianças em situação de vulnerabilidade, desconhecimento das respostas já existentes a nível nacional e falta de concertação entre os diferentes actores.  



Do encontro, saiu a proposta de criação de uma Plataforma Distrital que reúna os diferentes actores com responsabilidade na defesa e promoção dos direitos das crianças (Câmara, Polícia, Escolas, Saúde, ONG e Igrejas) no sentido de trabalhar numa estratégia para o distrito de Mé-Zochi.

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